Por que eu escolhi o homeschooling?

Alguns princípios me levaram a escolher abrir mão do meu emprego para entre outras coisas, aplicar a educação domiciliar.

1. Ninguém ama minha filha mais do que eu. Com base neste princípio, durante a gestação eu pensava em coisas que eu perderia se estivesse no trabalho enquanto minha filha fosse cuidada por outra pessoa. Eu queria ser a pessoa que acordaria e faria ela dormir, que veria os seus primeiros passos, que saberia o que cada choro significava. Queria que fosse eu a introduzir seus primeiros alimentos e conhecer suas preferências Eu não queria que minha filha tivesse um afeto tão próximo assim com outra pessoa, e eu fosse uma estranha que chegasse em casa a noite para dar de mamar e colocá-la na cama. Além disso, eu queria ser o seu porto seguro, a pessoa que estivesse por perto quando ela se acidentasse, ou que a abraçasse quando ela tivesse um pesadelo. Quem poderia fazer isso tudo melhor, se ninguém a ama mais do que eu? Esses anseios não são diferentes quanto a educação dela.

2. Eu quero o melhor para ela. Com base neste segundo princípio, posso dizer que passei 14 anos frequentando a escola, e tudo que moralmente considero errado hoje, aprendi lá. Não tive professores que soubessem me direcionar a encontrar meu caminho profissional, não tive amizades que duraram até hoje, não conheci pessoas que agregassem a mim algo além do que eu teria se não tivesse frequentado a escola. Não quer dizer que essas coisas não acontecem, mas elas não são uma regra. Já as malícias, maldades e perversões foram lá que eu descobri. Eu espero que minha filha seja melhor que eu. Espero que ela tenha acesso a literatura de verdade, que possa através dos livros e do ensino bíblico saber o que é certo e o que é errado, o que é virtuoso e o que não é, e que faça a melhor escolha. Eu quero que ela tenha acesso a material de qualidade e aprenda de verdade, e não que ela estude para passar de ano. Quero que ela tenha prazer pelo conhecimento, coisas que eu não tive no período escolar, por que assim como a maioria dos pais, os meus achavam que a escola estava cumprindo com esse papel.

3. Eu espero que ela faça a diferença no mundo. É meu papel como mãe ensinar minha filha o caminho em que ela deve andar. Ela é um presente de Deus para mim, não para escola ou para o governo, ou para o mundo como as pessoas costumam dizer. Eu não crio minha filha para o mundo, este jargão é usado como desculpa para justificar nossos erros como pais, e se conformar com as escolhas erradas dos nossos filhos. É meu papel direcionar minha filha no caminho que fará dela uma pessoa digna, virtuosa e temente a Deus, além de uma pessoa realizada em sua vida secular e profissional. A educação domiciliar me aproxima mais de alcançar esse objetivo.

4. Eu acredito que o papel de ensinar a criança é dos pais, não é da escola ou do governo. Cito abaixo alguns versículos bíblicos:

   “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.”
   Efésios‬ ‭6:4

   “E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te.” ‭‭
   Deuteronômio‬ ‭6:6-7‬

   “E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” ‭‭
   2Timóteo‬ ‭3:15‬

   “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.” ‭‭
   Provérbios‬ ‭22:6‬

   “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho há a quem o pai não corrija?” ‭‭
   Hebreus‬ ‭12:7‬

   “O que retém a sua vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, a seu tempo, o castiga.” ‭‭
   Provérbios‬ ‭13:24‬